sábado, 30 de novembro de 2019

48ª SEMANA = “IGREJA: UMA TRABALHADORA DO REINO IMERECIDAMENTE AGRACIADA PELO SEU GENEROSO SENHOR”

48ª SEMANA DE 2019 = IGREJA: DA ORIGEM AO DESTINO


“IGREJA: UMA TRABALHADORA DO REINO IMERECIDAMENTE AGRACIADA PELO SEU GENEROSO SENHOR”


Ontem foi Black Friday... amanhã já será o mês do Natal... e logo aquela ideia do “merecimento” volta a ser reforçada em muitas casas para avaliar se o “Papai Noel” vai trazer o presentinho tão esperado de acordo com o comportamento da criança...

E é daí que vai sendo disseminado, desde a infância, este conceito de recompensas por méritos de acordo com o bom ou mal comportamento e do muito ou pouco desempenho... !

Por isso, a parábola desta semana cai como uma luva de pelica para contrapor este princípio mal aplicado.

Restam ainda 5 semanas para o término do ano e, pelas minhas contas, mais umas 4 parábolas ainda não foram apresentadas... 3 delas com a mesma temática de “servos & senhores” e “desempenho & recompensas”, são elas:
1ª) A dos Trabalhadores na Vinha (hoje);
2ª) A dos Lavradores e
3ª) A dos Talentos.

No entanto, vamos abordar cada uma separadamente com focos distintos e em seguida extrairemos uma relação entre elas que acabei de observar!

Resumindo esta 1ª de hoje, trata-se de “um proprietário que saiu de manhã cedo para contratar trabalhadores para a sua vinha. Ele combinou pagar-lhes um denário pelo dia e mandou-os para a sua vinha. Por volta das noves hora da manhã, ele saiu e viu outros que estavam desocupados na praça, e lhes disse: ‘Vão também trabalhar na vinha, e eu lhes pagarei o que for justo’. E eles foram. Saindo outra vez, por volta do meio dia e das três horas da tarde, fez a mesma coisa. Saindo por volta da cinco horas da tarde, encontrou ainda outros que estavam desocupados...Ele lhes disse: ‘Vão vocês também trabalhar na vinha’. Ao cair da tarde, o dono da vinha disse a seu administrador: ‘Chame os trabalhadores e pague-lhes o salário, começando com os últimos contratados e terminando nos primeiros’. Vieram os trabalhadores contratados por volta das cinco horas da tarde, e cada um recebeu um denário. Quando vieram os que tinham sido contratados primeiro, esperavam receber mais. Mas cada um deles também recebeu um denário. Quando o receberam, começaram a se queixar do proprietário da vinha, dizendo-lhe: ‘Estes homens contratados por último trabalharam apenas uma hora, e o senhor os igualou a nós, que suportamos o peso do trabalho e o calor do dia’. Mas ele respondeu a um deles: ‘Amigo, não estou sendo injusto com você. Você não concordou em trabalhar por um denário? Receba o que é seu e vá. Eu quero dar ao que foi contratado por último o mesmo que lhe dei. Não tenho o direito de fazer o que quero com o meu dinheiro? Ou você está com inveja porque sou generoso?’ Assim, os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos". (Mateus 20:1-16)

1º) O MERECIMENTO JUSTO X A GRAÇA GENEROSA
Naturalmente, na praça do mercado de trabalho dos nossos dias, nada é também mais coerente que um salário justo a quem fez por merecer!
Dentro dos direitos e deveres da relação “Empregado & Empregador”, o contrato de trabalho assegura uma carga horária compatível com a mão de obra proposta para o trabalhador poder cumprir sua jornada de trabalho e receber a remuneração estipulada.
Assim também é no Reino de Deus! Cada um de nós é chamado pelo Senhor para o desempenho no ministério a que foi vocacionado, em diferentes tempos e espaços, mas todos igualmente trabalhando em prol de uma mesma causa para um mesmo Senhor!
Não foi diferente nesta parábola com os primeiros contratados! Tudo bem ajustado, firmado e aceito por ambas as partes até que...
✳ PERGUNTA DESAFIADORA: Você tem consciência desta multiforme graça soberana de Deus distribuída aos despenseiros como bem lhe apraz?

✅ 2º) A INJUSTA INVEJA DESGRAÇADA X A DESMERECIDA GENEROSIDADE GRACIOSA
Até que chegou a hora do acerto de contas, a começar pelos últimos, que agora se tornaram os primeiros a receber, e que para surpresa de todos, receberam valor integral do dia mesmo trabalhando apenas parcial ou quase até só no tempo mínimo residual.
Mas o ordenado que já era previsto para os primeiros, agora recebendo por último, foi motivo ainda de tanto maior surpresa quando, simplesmente, o administrador lhes pagou os mesmos valores, igualando na recompensa os méritos tão desiguais!
Obviamente, veio à tona a reclamação trabalhista dos proletários do período integral, ainda que de forma extrajudicial, eles alegavam injustiça na equiparação salarial com os operários do meio período. Ora, não houve argumentos contrários à defesa do contratante que cumpria à risca o justo combinado com os contratados. Na verdade, o patrão não “faltou” com os primeiros, antes ele “superabundou” com os últimos! O pagamento integral não foi injusto para os primeiros, foi é generoso para os últimos!
Logo, a sentença não condenaria o benefício extra oferecido pelo bondoso dono da vinha aos derradeiros, mas a condenação mais justa caberia sim aos invejosos assalariados que não se contentaram com o próprio ganho em comparação com a promoção alheia julgada imerecida por mentes calculistas e edificadas sobre as fortalezas do espírito de Papai Noel, mas destituídas da graça do Papai do Céu! E se Ele quiser que o outro seja mais e melhor abençoado e beneficiado que eu... que isto me importa? (Leia João 21:20-24) 
✳ PERGUNTA DESAFIADORA: Você tem julgado com inveja os benefícios imerecidos da graça divina na vida dos seus colegas de obra?

❇ Observe:
Que esta bela lição ensinada por Jesus nesta parábola possa nos encorajar a destronar o imaginário Papai Noel escondido em nossos falsos conceitos de recompensas por méritos próprios e entronizar em nossos corações o Verdadeiro Espírito da Graça que nosso Papai do Céu generosamente manifesta a todos nós sem mesmo merecermos, e não só uma vez por ano, mas várias vezes ao dia com benefícios que vão para “muito mais além do que pedimos ou pensamos segundo o Seu poder que em nós opera” e não segundo o que operamos pelos nossos próprios méritos.
Neste Natal, reflita nas grandes diferenças entre o Papai Noel e o Papai do Céu.

Compartilhei minha 48ª Semana

Marina M. Kumruian

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