sábado, 2 de novembro de 2019

44ª SEMANA = “IGREJA: PERDOADA E CORRIGIDA NA ORIGEM PARA PERDOAR E CORRIGIR NO DESTINO”



44ª SEMANA DE 2019 = IGREJA: DA ORIGEM AO DESTINO



“IGREJA: PERDOADA E CORRIGIDA NA ORIGEM PARA PERDOAR E CORRIGIR NO DESTINO”


A parábola desta semana é a chamada Parábola do Servo Impiedoso ou também mais conhecida como a do Credor Incompassivo.
Sempre ouvi e reconheci nesta história a mensagem do Perdão como lição principal desta parábola, mas desta vez uma outra aplicação central me chamou mais a atenção. Na verdade, o conceito que quero destacar desta vez, já faz muito tempo que vem recebendo maior importância para mim do que o próprio “perdão” na construção do meu caráter. Isto porque sempre há “algo” por trás do perdão, ou seja, o perdão vem como reação depois de um erro! Ouso afirmar que o perdão não precisaria existir se não existisse o pecado. O que implica em dizer que a “raiz do problema” está no “pecado”, ou ainda melhor, o “problema” é o “pecado”.
E era sobre como tratar o pecado (ou ofensa) de um irmão que Jesus estava conversando com seus discípulos a partir do verso 15 de Mateus 18 quando iniciou com esta primeira instrução: "Se o seu irmão pecar contra você, vá e, a sós com ele, MOSTRE-LHE O ERRO. Se ele o ouvir, você ganhou seu irmão.” (ênfase minha) A questão acabaria aqui com um ponto final se o “problema” já fosse resolvido, mas... a conversa vai longe quando Jesus apresenta a hipótese de “mas se ele não o ouvir” ... para enfim, só lá no verso 23 começar a ilustrar o ensino com a parábola em referência por mais outros longos 12 versículos.
Vai ser um desafio abordar tantos ensinamentos desta extensa orientação no tão pequeno espaço que limito meus pontos principais. Provavelmente retomarei o assunto na semana que vem... por agora vamos sintetizar a reflexão em duas partes:

 1º) PECOU -> FOI PERDOADO -> FICOU LIVRE
"O servo prostrou-se diante dele e lhe implorou: ‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo’. O senhor daquele servo teve compaixão dele, cancelou a dívida e o deixou ir.” (Mateus 18:26,27)
Na parábola, o “pecado” deste servo era uma dívida de 10.000 talentos que seu senhor estava cobrando com o preço da própria vida dele, da esposa e dos filhos, o que fez o pobre coitado se humilhar e implorar por paciência. Interessante que ele pediu só paciência e acabou recebendo compaixão, perdão e libertação de um credor piedoso e, pelo que parece, bem resolvido na vida.
Em uma rápida leitura deste trecho, poderíamos até concluir precipitadamente que a questão estava resolvida... o “devedor” (que devia pagar tudo) foi “perdoado” (“cancelou a dívida”) e ainda saiu “livre” (“o deixou ir”) ... e mesmo que o “credor” também não houvesse recuperado seus muitos talentos, por outro lado, restaurou sua paz interior por meio de um gesto tão nobre e generoso!
Mas é justamente aí, nesta superficialidade na solução de problemas, que muita gente se engana iludindo-se que tudo acabou bem.
Só que não! A continuação da parábola revela porquê! Mas antes de entrar no próximo ponto... vamos à:
 PERGUNTA DESAFIADORA: Você tem “resolvido” seus pecados só com o “perdão” mas deixado a raiz do problema sem “correção”?

 2º) NÃO APRENDEU A LIÇÃO -> NÃO CORRIGIU O ERRO -> NÃO SE LIVROU DO CASTIGO
"Mas quando aquele servo saiu, encontrou um de seus conservos, que lhe devia cem denários. Agarrou-o e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Pague-me o que me deve!’ (Mateus 18:28) Só para ter uma noção, naquela época, 1 talento equivalia a 6000 denários!
Se a lição principal que o credor deixou com sua atitude foi o perdão, lamentamos informar: o devedor não aprendeu nada!
Fica notório quando, na primeira prova que a vida lhe aplicou, ele foi reprovado na sua reação para com seu conservo, o qual também era um devedor, ainda que em proporções bem menores, porém não recebeu a mesma compaixão, muito menos o perdão e o pior, leia:
"Mas ele não quis. Antes, saiu e mandou lançá-lo na prisão, até que pagasse a dívida.” (v:30) Já aí passou longe da regra de ouro que diz: “Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam; pois esta é a Lei e os Profetas". (Mateus 7:12). E poderíamos ainda “MOSTRAR (os muitos) ERROS” deste servo devedor para de fato ver se ele “OUVIRIA”, o que em outras palavras seria dizer “CORRIGISSE O ERRO” e só então verdadeiramente ele teria realmente “resolvido o problema” para então ficar “livre do “castigo”, das consequências que o fizeram novamente “repetir” a matéria. Olha como Deus não inocenta o culpado, como Ele não encerra a questão só no perdão, mas procura aplicar a correção e, de alguma maneira, a vida vai ensinando:
“Quando os outros servos, companheiros dele, viram o que havia acontecido, ficaram muito tristes e foram contar ao seu senhor tudo o que havia acontecido. Então o senhor chamou o servo e disse: ‘Servo mau, cancelei toda a sua dívida porque você me implorou. Você não devia ter tido misericórdia do seu conservo como eu tive de você?’ Irado, seu senhor entregou-o aos torturadores, até que pagasse tudo o que devia.” (vs: 31-34) Ficou claro agora como se “resolve” o problema do pecado, do erro? E fica claro também que o maior problema não era nem tanto a “enorme quantidade de prata” que ele devia, mas o gigantesco déficit de caráter que havia no seu mais íntimo coração e que precisava ser tratado, corrigido, resolvido lá na origem de modo a não arruinar seu destino.
 PERGUNTA DESAFIADORA: Você reconhece esta lição como a verdadeira maneira bíblica de se “resolver os problemas” do coração?
 Observe:
É assim que funciona também na nossa vida real! Creio dentro de mim que o propósito de Deus não é só perdoar nossos pecados e nos livrar do castigo eterno... óbvio que isto é um livramento imensurável que tanto carecemos e que só Ele pode nos oferecer este perdão... contudo, creio ainda que Ele espera por mais que isso, porque não teria sentido livrar criminosos da prisão sem fazer com que estes sejam transformados, restaurados no caráter, recuperados na raiz dos seus problemas! Voltaremos nisso sábado que vem.

Compartilhei minha 44ª Semana

Marina M. Kumruian

Nenhum comentário:

Postar um comentário