43ª SEMANA DE 2019 = IGREJA: DA ORIGEM AO DESTINO
“IGREJA: UMA PECADORA JUSTIFICADA QUE VIVE AGORA NAS BOAS OBRAS QUE DEUS PREPAROU DE ANTEMÃO PARA ELA”
A parábola desta semana é também mais uma daquelas que apresenta o paralelo entre o certo e o errado, e mais uma daquelas em que o tido como bom é surpreendentemente o mais improvável à lógica humana que julga somente pelas aparências, provando que só Deus não se deixa enganar pelo que “parece mas não é”!
Estou me referindo à Parábola do Fariseu e do Publicano contada em Lucas 18:9-14. Uma parábola que eu, particularmente, aprecio muito a lição que ela transmite, até porque mexe bastante com meu sincero posicionamento diante do Senhor e dos “outros”. Talvez ela também vá mexer com o seu, afinal ela foi dirigida “A alguns que confiavam em sua própria justiça e desprezavam os outros, Jesus contou esta parábola: "Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro, publicano.” (v: 9,10)
Vamos então observar a posição de cada um destes “dois homens” e me permitam criar um “terceiro” que, pessoalmente, creio melhor se identificar com o meu atual anseio pela posição que almejo estar e permanecer em oração e ação.
✅ 1º) O FARISEU: JUSTIÇA PRÓPRIA -> DESPREZO AO PRÓXIMO -> CONFIANÇA NAS OBRAS DA LEI
"O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho."
Aparentemente, uma oração certa de um homem bom que fazia o bem! #sqn! Vamos tentar enxergar além da aparência e penetrar no interior deste coração. "O fariseu”, como já sabemos, era um rigoroso observador da Lei que acreditava alcançar a salvação por meio de suas boas obras. E quando assim fazia, naturalmente se orgulhava disso, tanto que “posto em pé” para orar dispensava a forma mais humilde e reverente de se ajoelhar em oração. Tão confiante em si mesmo e tão cheio de si ele estava, que “orava de si para si mesmo” quando, na verdade, deveria orar de si para Deus. Mas seu foco estava nele mesmo, direcionando os holofotes para si e denegrindo ainda mais as trevas dos “demais homens” aos quais desprezava por enxergar neles apenas o pecado com que os rotulava de “roubadores, injustos, adúlteros e publicanos”. No entanto, ele achava ter crédito diante de Deus por não “roubá-lo nos dízimos” e por jejuar além do exigido por Lei. A “quantidade” de suas práticas religiosas eram a razão de sua gratidão! O valor era tanto que não cediam espaço nas suas orações para uma confissão honesta da “qualidade” do seu caráter deformado pelo legalismo.
✳ PERGUNTA DESAFIADORA: Você tem dado o foco certo nas suas orações agradecendo pelo bem, mas também confessando o mal?
✅ 2º) O PUBLICANO: HUMILDADE -> RECONHECIMENTO DO PECADO -> CONFIANÇA NA MISERICÓRDIA DE DEUS
"Mas o publicano ficou à distância. Ele nem ousava olhar para o céu, mas batendo no peito, dizia: ‘Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador’. Eu lhes digo que este homem, e não o outro, foi para casa justificado diante de Deus. Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado".
“O publicano”, como sabemos, era uma representação autentica de um “pecador” aos olhos dos “justos” da época de Jesus. Só que mesmo hoje, não só em nossa época, mas desde o início da humanidade, sabemos que “todos pecaram” e todos estamos igualados nesta categoria de “pecadores”, tanto eu e você, como o publicano e o fariseu da história! A diferença, como já devo ter mencionado em outras reflexões anteriores, está em que um é um pecador arrependido que busca misericórdia e perdão em Deus e o outro é um pecador perdido que confia em si mesmo buscando sua própria, mas imprópria, justificação. A posição do publicano demonstra a humildade de quem sabe assumir e reconhecer sua condição pecaminosa, mas que descobriu que é “a própria misericórdia de Deus te leva ao arrependimento” (Romanos 2:4). Em outras versões a oração é bem assim: “Ó Deus, sê propício a mim, pecador!”
✳ PERGUNTA DESAFIADORA: Você já fez uma oração como esta em que a dor de bater no peito foi aliviada pela paz da justificação?
✅ 3º) O PECADOR JUSTIFICADO: GRATIDÃO A DEUS -> BOAS OBRAS -> CONFIANÇA E DEPENDÊNCIA DIVINA
“Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus, que está comigo.” (Paulo, apóstolo, 1 Coríntios 15:10)
Quem fez esta oração foi um “fariseu pecador” arrependido dos seus pecados e “justificado gratuitamente pela graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.” (Rm 3:24) Assim oremos também, reconhecendo que somos o que somos pela graça de Deus! Continuemos, sim, ainda sempre confiando e contando com a misericórdia de Deus, porém, uma vez salvos e aceitos pela graça mediante a fé em Cristo Jesus, não deixemos esta graça em vão, mas trabalhemos “realizando as boas obras que Ele de antemão planejou para que andássemos nelas.” (Efésios 2:10). Assim, a realidade do pecado em nós, não mais nos limita a ficar apenas lamentando nossa condição no pecado, porque a verdade da justificação divina nos libertou e nos capacitou a poder agradecer por tanto bem que agora podemos praticar mediante Sua graça que “opera em nós tanto o querer quanto o realizar, segundo a Sua vontade.” (Fp. 2:13)
✳ PERGUNTA DESAFIADORA: E você, já pode se gloriar no bem que faz e no bom que é por meio da graça sem deixar de ser humilde?
❇ Observe:
Meu desejo e oração é que não estejamos no extremo da auto exaltação pela confiança na própria justiça e nem permaneçamos na posição humilhante de pecador inválido e distante de Deus. Mas que, achegando perto deste Deus misericordioso, alcancemos não só a justificação, aceitação, redenção, perdão e salvação, como também vivamos na santificação e frutificação com gratidão a Deus!
Compartilhei minha 43ª Semana
Marina M. Kumruian
Nenhum comentário:
Postar um comentário