sábado, 17 de agosto de 2019

33ª SEMANA = “IGREJA: UMA SERVA INÚTIL FAZENDO APENAS O QUE DEVERIA FAZER”

33ª SEMANA DE 2019 = IGREJA: DA ORIGEM AO DESTINO


“IGREJA:  UMA SERVA INÚTIL, FAZENDO APENAS O QUE DEVERIA FAZER”


Na semana retrasada, enquanto estudava aquela parábola do servo vigilante e fiel e do servo insensato e infiel onde retratamos o perfil de cada personagem (SENHOR; MORDOMO e SERVO) fui levada a compará-la com outra parábola muito semelhante, inclusive intitulada “Parábola do SENHOR e seu SERVO”. Fiquei intrigada toda aquela semana porque não estava entendendo uma aparente contradição entre elas... Minha sorte foi que, por ocasião da semana passada ter a comemoração do Dia dos Pais, eu tive uma boa “desculpa” para “mudar de assunto” e deixar aquela pendência ainda de molho no azeite da unção até que o óleo santo iluminasse a lâmpada do meu entendimento e eu compreendesse a revelação daquele paradoxo!

Vixi! Agora abusei no linguajar evangeliquês, hein! Misericórdia!! Bom, chega de delongas, vamos direto ao assunto...

Então, na parábola da 31ª Semana, o senhor do servo vigilante e fiel afirmava que quando ele retornasse e encontrasse tudo em perfeita ordem, ele chamaria seus servos à mesa e se vestiria para os servir! Foi então que, em contrapartida, na parábola de hoje, a conduta do senhor para com o servo bom e fiel parece não corresponder com aquela. Repare:

“E qual de vós terá um servo a lavrar ou a apascentar gado, a quem, voltando ele do campo, diga: Chega-te, e assenta-te à mesa?
E não lhe diga antes: Prepara-me a ceia, e cinge-te, e serve-me até que tenha comido e bebido, e depois comerás e beberás tu?
Porventura dá graças ao tal servo, porque fez o que lhe foi mandado? Creio que não. Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer.”
(Lucas 17:7-10)

E agora? Como sair dessa? De imediato não confunde? Estava tão bom pensar naquele reconhecimento e retribuição do senhor bonzinho da semana retrasada, né? Esse aí agora parece tão ingrato e arrogante! Mas vamos notar que não é bem assim se nos atentarmos às construções das frases e das falas. Além disso, não foi só a observação da “letra” que me ajudou na interpretação dos textos, foi sobretudo a experiência própria com a prova que meu Mestre me aplicou para eu viver na prática este ensinamento.

✅ 1º) O QUE QUEREMOS OUVIR DO NOSSO SENHOR (OU DOS NOSSOS PAIS, MÃES...)
Empolgados com o perfil bondoso do SENHOR da semana retrasada e, de certa forma, convencidos de que fazemos bem o nosso bom trabalho... é natural que iremos querer receber elogios, reconhecimentos e, honestamente, até mesmo agradecimentos!
É próprio do ser humano esperar recompensas, pois dificilmente alguém faz as coisas sem visar interesses próprios e pessoais. Sim, na esfera corporativa é comum os patrões motivarem seus subordinados com gratificações e “participação nos lucros”! Portanto, notemos que na narrativa da parábola, não está explicito que o senhor NÃO DEVA prestar este reconhecimento com recompensas em gratidão, mas subentende-se que isto não seria o natural considerando a posição dos direitos e deveres de cada um. Eu acredito que neste primeiro ponto, nossa preocupação não deve ser com “o que o SENHOR deva dizer para nós" mas sim "o que nós, SERVOS, devemos querer ouvir da parte dele”, ou seja, deve haver uma consciência real do senhorio de Cristo sobre nós, tanto quanto da nossa sujeição à Ele, sem esperar retribuições, sem alimentar motivações interesseiras e autopromocionais!
✳ PERGUNTA DESAFIADORA: Você reconhece que esta expectativa indevida de esperar recompensas denigre a motivação de servir?

✅ 2º) O QUE DEVEMOS OUVIR DO NOSSO SENHOR (OU DOS NOSSOS PAIS, MÃES...)
Neste ponto então, podemos pontuar com mais clareza o lugar de cada um neste cenário de “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Afinal, o que DEVEMOS ouvir do nosso Senhor são suas ordem, conhecer sua vontade, cumprir seus desejos! E quais são eles? “Prepare (o serviço), apronte-se (o servo), e serve-me (o senhor)”. Este é o ciclo: temos uma obra, uma missão, um trabalho a preparar; somos servos cingidos, à postos, vigilantes e fiéis; para atendermos em obediência a um Senhor que nos escolheu para esta obra e nos designou como seus ministros. É assim que funciona! Querer inverter esta ordem só resultará mesmo em desordem! Mesmo assim, ainda existem muitos “servos” que não querem ouvir as ordens e muito menos colocar a mão no arado, mas esperar os benefícios do ministério todos desejam! Servir nesta obra divina no Reino já é um benefício tão imensurável que nós é quem deveríamos ser eternamente gratos em reconhecimento por esta maravilhosa oportunidade.
✳ PERGUNTA DESAFIADORA: Você tem sido este servo atento às ordens do Soberano Senhor para executar o bom serviço no Reino?

✅ 3º) O QUE DEVEMOS QUERER DIZER PARA O NOSSO SENHOR (OU DOS NOSSOS PAIS, MÃES...)
Bem... depois de toda esta conscientização... só nos resta mesmo realmente reconhecer: “Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer.” E falaremos isto com toda a sinceridade e satisfação do nosso coração, tentando nas nossas limitações usar a criatividade para imaginar o que mais poderíamos fazer além, não para receber em troca algo mais, mas para ingenuamente tentar surpreender, encantar, ainda que seja impossível, retribuir com a nossa mais esmerada dedicação a dívida de amor que acumulamos com nosso Senhor ao longo desta jornada de trabalho prazeroso e honroso para com Ele! Como queria poder saber e saber poder fazer muito infinitamente mais além por quem já fez, tem feito e ainda fará tudo por mim!
✳ PERGUNTA DESAFIADORA: Você tem respondido com esta humilde condição de servo inútil ao seu Amado e Bom Senhor?

❇ Observe: Não sei se consegui esclarecer a aparente confusão que indiquei no início, mas desejo e oro para que você tenha também, como eu tive e estou tendo, uma semana de “serva inútil, fazendo apenas o que deveria fazer” reconhecendo não merecer por isso nenhuma retribuição, mas adquirir um espírito grato e satisfeito em servir já está sendo meu enorme galardão!

Compartilhei minha 33ª Semana

Marina M. Kumruian

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