sábado, 6 de abril de 2019

14ª SEMANA = “IGREJA: JULGUE E CONDENE PRIMEIRO O SEU PECADO, PARA DEPOIS PERDOAR E AJUDAR A CORRIGIR O PECADOR”

14ª SEMANA DE 2019 = IGREJA: DA ORIGEM AO DESTINO



“IGREJA: JULGUE E CONDENE PRIMEIRO O SEU PECADO, PARA DEPOIS PERDOAR E AJUDAR A CORRIGIR O PECADOR”


O assunto desta semana, na minha opinião, é bastante delicado e controverso! Chegamos no ponto em que Jesus faz algumas ressalvas quanto ao julgamento que fazemos uns dos outros. Este ensino está em 6 versículos, tanto na continuação do Sermão do Monte em Mateus 7 quanto no plano de Lucas 6. Vamos novamente mesclar os dois trechos para termos uma visão mais ampliada e esclarecida sobre o que de fato o Mestre estava ensinando, ao invés de, simplesmente, concluir que o imperativo "NÃO JULGUEIS”, estaria proibindo toda sorte de discernimento para se omitir opiniões e selecionar escolhas a partir da formação de conceitos que são adquiridos, justamente, pela nossa liberdade e capacidade de considerar algo (ou alguém) certo ou errado, bom ou mau.
É tolice pensar que Jesus estava censurando uma prática que, logo mais para frente, ele mesmo recomenda com o exemplo de, ao analisar uma árvore, poder reconhecer se o fruto dela é bom ou ruim para então “julgar” se podemos comer ou rejeitar.

 1º) JULGAR PARA CONDENAR O PECADO SEM DEIXAR DE PERDOAR O PECADOR – (Lucas 6:37)
“Não julguem, e vocês não serão JULGADOS. Não condenem, e não serão CONDENADOS. Perdoem, e serão PERDOADOS.” 
Se relacionarmos estas 3 ações, julgar, condenar e perdoar, com o parâmetro do verso 12 de Mateus 7 que diz: “Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam; pois esta é a Lei e os Profetas"... nós entenderemos que, não é que não devemos “julgar nem condenar, e sim só perdoar”, mas que não podemos fazê-lo com 2 pesos e 2 medidas, pois “a medida que usarmos, também será usada para medirem a nós” (v:2). O que Jesus então está reprovando é a prática de um julgamento hipócrita, injusto e incoerente que jamais seria aplicado para nós mesmos. Porém, se considerarmos a ação do nosso próximo com os mesmos critérios que gostaríamos que usassem para julgar as nossas, então poderemos fazê-lo com justiça, coerência e honestidade, sabendo que “iremos julgar inclusive os anjos? Quanto mais as demandas triviais desta vida” (Confira esta passagem de I Coríntios 6:3 para compreender quando e como não só podemos, mas devemos, sim, julgar as demandas do dia a dia).
Na verdade, outro cuidado que precisamos ter é em julgar as AÇÕES do próximo (das pessoas) e não as razões ou intenções do coração que só Deus conhece, porque não cabe a nós condenar ninguém, isto só cabe mesmo ao Justo Juiz de toda terra, nós condenamos apenas as práticas e os conceitos que julgamos incorretos pelos critérios da Palavra de Deus. 
No entanto, em se tratando de uma prática ou conceito incorreto que meu PRÓXIMO cometeu, cabe a mim perdoá-lo e amá-lo, ainda que suas AÇÕES mereçam meu julgamento condenatório.
 PERGUNTA DESAFIADORA: Você tem usado a “medida” certa no seu julgamento quando condena o pecado e perdoa o pecador?

 2º) PRIMEIRO TIRA A TRAVE DO TEU OLHO PARA DEPOIS AJUDAR A TIRAR O CISCO DO OLHO DO TEU IRMÃO – Mateus 7:5
Esta é outra instrução muitas vezes mal compreendida e portanto mal aplicada. Perceba que o Senhor não disse para nós não ajudar a tirar o cisco do olho do nosso irmão, o que bem está sendo comparado aqui com “corrigir, limpar, tirar o problema do outro”. Apenas ele colocou esta “ordem” em “ordem”, ou seja, PRIMEIRO tira o seu para DEPOIS ajudar a tirar o dele! No entanto, a maioria das pessoas acaba nem prestando a ajuda devida que poderia oferecer, como também outras pessoas estão deixando de ser ajudadas por tantos que, uma vez tendo conseguido tirar primeiro as próprias traves, estariam agora muito mais bem qualificados e habilitados a ajudar os outros a tirar os ciscos que estão com dificuldade de enxergar nos seus próprios olhos!
O fato é que TODOS nós temos ciscos, traves, vigas, argueiros... ou seja lá o que for que nos impede de ter a visão perfeita da vida, e precisamos muitas vezes da ajuda mútua uns dos outros para corrigirmos, limparmos e tirarmos esses problemas, olharmos as coisas com outros olhos! Procurando PRIMEIRO corrigir meus erros para depois conseguir melhor ajudar meu irmão a corrigir os dele!
 PERGUNTA DESAFIADORA: Você tem se empenhado 1º em resolVER seus problemas para depois ter condições de ajudar os outros?

 3º) DE QUEM PRA QUEM?
Outro detalhe interessante que estes textos nos revelam nesta relação uns com os outros de julgamento, condenação, perdão e correção é quem pode e quem não pode dar tudo isso e quem pode e quem não pode receber tudo isso.
A)
“Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois no buraco?” (Lc 6:39) Não podem! Sim, cairão! São 2 precisando de ajuda!
B) “O discípulo não está acima do seu mestre, mas todo aquele que for bem preparado será como o seu mestre.” (Lc 6:40) Já aqui são 2 aprendendo a ajudar, um mestre preparando seu discípulo para ser como ele, um mestre, um ajudador, alguém que sabe julgar, condenar, perdoar e, sobretudo, corrigir como foi corrigido e perdoado, usando a mesma medida agora para os outros!
C) "Não deem o que é sagrado aos cães, nem atirem suas pérolas aos porcos; caso contrário, estes as pisarão e, aqueles, voltando-se contra vocês, os despedaçarão". (Mt 7:6) É triste identificar essa categoria, mas infelizmente temos que admitir que, pior que um cego necessitado procurando ajuda para ser guiado, é um cão porco que despedaça e despreza as pérolas de nossa preciosa ajuda para resolver seus problemas porque não tem discernimento para julgar que seu próprio comportamento condenável poderia receber perdão se permitisse ser corrigido, neste caso, domesticado! 
 PERGUNTA DESAFIADORA: Quem é você nesse processo: mais um cego, um cão porco ou um mestre que foi discipulado a ajudar?

 Observe PRIMEIRO o SEU próprio ERRO para DEPOIS ajudar a TIRAR o do seu IRMÃO com a mesma MEDIDA que você foi ajudado!

Compartilhei minha 14ª Semana

Marina M. Kumruian

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