41ª SEMANA DE 2019 = IGREJA: DA ORIGEM AO DESTINO
“IGREJA: UMA VOCACIONADA QUE SABE USAR BENS E RECURSOS PARA AMAR E CUIDAR DE PESSOAS”
Antes de prosseguir de onde paramos, gostaria de ainda acrescentar mais alguns apontamentos relacionados com as últimas 4 parábolas que meditamos nas duas últimas semanas.
Acabei identificando outras semelhanças entre elas que vale a pena se deter mais um pouquinho... principalmente porque aqueles dois versos que ficaram no “óleo” já estão no ponto de serem revelados!
O que mais então a Parábola do Administrador Infiel tem em comum com a da Ovelha, das Moedas e do Filho que se perderam?
Em primeira análise, TODOS os 4 estavam PERDIDOS! Em diferentes condições, mas igualmente perdidos!
Então basicamente vamos focar nas “perdas” tendo como pano de fundo a história do mordomo desonesto do capítulo 16 em paralelo com a tríade do capítulo 15. Como resultado deste “mix” podemos obter os seguintes pontos:
✅ 1º) PERDAS NAS CARREIRAS VOCACIONAIS
De cara ficou sentenciada a condenação da carreira administrativa do mordomo acusado de corrupção! Ele perdeu a credibilidade, logo perderia também a confiabilidade. Este gestor espertalhão pensou que sairia desapercebido nas suas falcatruas e permaneceria “ganhando” às custas das perdas do seu patrão. É a síndrome do funcionário de fachada que parece confiar no seu “cargo de confiança” para carregar sua deslealdade no cofre da hipocrisia. Mal sabia ele que estava sendo “filmado” e denunciado, pois “nada há encoberto que não venha a ser revelado e oculto que não venha a ser trazido à luz” (Lc 12:2) Tanto a grana roubada como a ovelha perdida. Pois em contraste com este “mercenário descuidado” que só pensava em ganhar mesmo com risco de se perder, apreciamos um bom pastor zelando para não perder o que colocava em risco seus ganhos éticos! Tomando o profissionalismo do líder do rebanho como exemplo, podemos concluir que, assim como para o desonesto ganhar 1 mil ou 1 milhão não diminui nem aumenta a sua infidelidade, assim também para o fiel condutor, perder uma ou 99 também não diminui nem aumenta a sua diligência dedicada.
✳ PERGUNTA DESAFIADORA: Você tem ganhado credibilidade em sua carreira vocacional no zelo de não perder seus valores morais?
✅ 2º) PERDAS DE BENS E RECURSOS MATERIAIS
Enquanto o gerente arruinado tentava fazer amigos negociando ilicitamente as riquezas injustas que estava prestes a perder sem empregar muito suor e trabalho, a dona de casa celebrava com as amigas a recuperação de seu bem material de estima honrosa depois de árduo esforço próprio em busca de reparar sua perda temporária. Igualmente, para o acomodado empregado que acostumou a ganhar bens e recursos no mole, pouco importava a esta altura reduzir os juros abusivos que tanto lhe renderam no passado, desde que com isso ele ainda ganhasse vantagens futuras no mercado das trocas interesseiras. Já a dona das 10 dracmas não aceitou se conformar com a perda de um pequeno e único bem que pudesse lhe atribuir uma consideração desleixada para com o dote que representava um sinal de compromisso e amor ao noivo que a conquistou. O colar incompleto seria um desrespeito!
✳ PERGUNTA DESAFIADORA: Você tem conservado seus bens e recursos materiais só por motivos egoístas ou fidedignos também?
✅ 3º) PERDAS NOS RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS
E agora que entram aqueles dois versos misteriosos da semana passada: “Esta é a lição: usem a riqueza deste mundo para fazer amigos. Assim, quando suas posses se extinguirem, eles os receberão num lar eterno." (Lc 16:9) De toda aquela longa parábola, da qual a punição pela desonestidade parece ser a grande lição, ao final entretanto, a grande sacada enfatizada está no valor das amizades! Naquele verso 9 fica evidenciada a transitoriedade dos bens e recursos materiais adquiridos em nossas carreiras vocacionais em contraposição com a eternização das pessoas com quem nos relacionamos em afinidades amistosas e fraternas.
No fim, até o patrão elogiou a astúcia do ex-mordomo que bem soube aproveitar a oportunidade para lidar com os relacionamentos promissores, enquanto na tríade do capítulo 15, a capitalista realidade é manifestada no fato de que ninguém se aborreceu com a festa em comemoração pela restituição da ovelha e da moeda, mas a confusão ciumenta e invejosa só poderia ter acontecido na festa oferecida a uma “pessoa” que estava perdida e foi resgatada. Todos foram atrás das “coisas” perdidas, mas ninguém foi buscar o filho, o irmão, o amigo, o vizinho, o parente... que seja! Curiosamente intrigante, não acha?
✳ PERGUNTA DESAFIADORA: E você, tem valorizado mais as “coisas” efêmeras ou eternizado mais os relacionamentos interpessoais?
❇ Observe:
Depois de ensinar todas estas lições, ao findar destas 4 parábolas, Lucas registra no verso 14 a reação dos fariseus: “Os fariseus, que tinham grande amor ao dinheiro, ouviam isso tudo e zombavam de Jesus.” Ao ler isto lembrei da exortação do apóstolo Paulo quando também condena o grande “amor ao dinheiro” como a “raiz de todos os males”. Tanto que Jesus, do mesmo modo, silencia a zombaria destes materialistas com a seguinte declaração: “Vocês gostam de parecer justos em público, mas Deus conhece o seu coração. Aquilo que este mundo valoriza é detestável aos olhos de Deus.” (v:15) Já pensou nisso?
Se “aquilo” que este mundo valoriza é tão detestável aos olhos de Deus, não é melhor para nós continuar (ou se for o caso, melhor dizer: começar) a valorizar mais “aqueles” que são agradáveis aos olhos de Deus e permanecerão sendo por toda eternidade?
Compartilhei minha 41ª Semana
Marina M. Kumruian
Nenhum comentário:
Postar um comentário